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Sua vida é CORRERIA ? Então, CORRA para VIVER!!!
*Peterson Foca Lima

Incrível poder fazer parte de uma história que começou Antes de Cristo, com disputas na Grécia que representavam homenagens aos deuses do Olimpo, e que veremos continuar em nosso país, no Rio de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos.
Mas, como professor de educação física e ultramaratonista, portanto amante dos esportes – mesmo me sentindo honrado pela oportunidade única – lembro que a realidade no Brasil está muito longe do glamour das cerimônias que estão sendo preparadas para o evento e das incríveis obras de arquitetura e infraestrutura – alguns elefantes brancos, inclusive – realizadas para a competição.
Fico emocionado pela oportunidade de conduzir a marca maior dos Jogos Olímpicos, fazendo parte da história, mas, na verdade, sonho e acredito que o país-sede das disputas em 2016 poderia iniciar uma nova etapa com mais investimentos e incentivo à prática de todos os esportes
Poderíamos ter um programa para levar a história das Olimpíadas, junto com a tocha olímpica, professores e instrutores esportivos a todos os cantos do país, principalmente para aquelas regiões que não fazem parte do atual roteiro que faremos. Seria um estímulo às crianças e jovens, uma maneira de mostrar a real importância do esporte, criar um ânimo. Se em um local visitado uma criança decidir por iniciar a prática de atividade física, em um país em que poucos praticam, já teríamos alcançado nosso objetivo.
O sedentarismo, mal que mais mata no Brasil, já foi atestado por estudo do Ministério dos Esportes em 2015, apontando que quase metade da população brasileira entre 14 e 75 anos (45,9%) não pratica nenhum tipo de atividade física. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), é considerado ativo quem pratica atividade física, com duração mínima de 30 minutos, pelo menos três vezes por semana.
O pouco de interesse das pessoas em se exercitar pode ter muitas justificativas, mas o governo brasileiro precisa fazer sua parte e quando for escolhido como sede de grandes eventos esportivos, deixar de se preocupar apenas com legados estruturais, como estádios, pontes e meios de transporte no país, pois isto é quase nada perto da grandeza dos benefícios que poderia trazer o investimento na educação e disciplina esportivas.
Receber bem delegações internacionais e nacionais, oferecendo conforto e segurança aos participantes durante os quinze dias de Jogos Olímpicos é nosso dever, já que fomos escolhidos para sediar a disputa, mas é bom lembrar nossos governantes que no esporte só quebraremos recordes, venceremos competições e subiremos no pódio se investirmos na principal peça em questão: o atleta.
Esporte também é educação, qualidade de vida e saúde. Por isso, conduzir a tocha olímpica para mim é renovar a esperança de viver em um país que valorize todos os esportes.
*Peterson Foca Lima é professor de educação física, ultramaratonista e dono da assessoria Esportiva “Foca And Friends”
e-mail: focaeventos@outlook.com ou 11- 2548-9843